01 julho 2012

A caminhante solitária

a caminhante solitária pedala sob duas rodas, acredita que ali poderá encontrar os amados queridos amantes, mas será mesmo que eles se importam com isso?? Ela se acostuma cada vez mais a pedalar sozinha por ruas cheias de gente, com o fone de ouvido e a bicicleta fazendo barulho nas rodas. Se habituou a não esperar por ninguém, mas ao mesmo tempo, olhar para todos os lados a encontrar àqueles que a fazem bem. A verdade, é que ela quer ser amada por aqueles que a fazem bem, quer ter o telefone sempre ocupado por telefonema desses, mas a realidade é que só ligam para ela, só a convidam para festas, àqueles que ela já se cansou de ver, enquanto procura uns, são outros que a encontram e a convidam pra gastar o dinheiro dela com bebida, não que ela se importe, mas já se cansou das mesmas coisas e principalmente, daquelas mesmas pessoas entediantes, que não conseguem manter um único assunto sem cair no silencio desesperador.
O que a conforta, apesar de tudo isso, é que já está acostumada a ser sozinha, a não ter seu telefone ocupado e principalmente a se convidar para boas festas. Mas o que mais a deixa tranquila é saber que a poucas semanas mudará de cenários, de pessoas e demorará um tempo considerável para se enjoar daqueles chatos que também existirão na outra cidade, e com o tempo, se acostuma mais uma vez a se ver sozinha com o fone de ouvido e a bicicleta a reclamar os defeitos das rodas.

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