27 junho 2012

A alegre ida triste.


Acreditei que seria fácil, mas a verdade é que está sendo difícil dizer adeus, ainda mais agora que encontrei almas tao importantes para mim. Pode-se dizer que esses seis meses foram longamente curtos, pelo simples fato de terem passado tao rapidamente, mas que pude aprender, conhecer e presenciar coisas as quais eu nunca vivi e nunca viverei. Pessoas importantes conheci, sentimentos novos aprendi a ter e lindas festas e momentos incansáveis presenciei.
Como ir embora em menos de 30 dias, se nem mesmo vivi tudo que queria, uns dizem ser medo do novo, mas eu relato que é apenas vontade de mais. Precisarei de pessoas como essas que conheci em tao pouco tempo, mas que já representam muito na minha vida, para aguentar o baque do novo, do diferente. Nem mesmo consigo agradecer, pois esse gesto é um adeus tao forçado, dói o peito, a vontade que eu tenho é de abraçar todos e nunca mais largar.
Foram romances diferentes, amizades contagiantes e lembranças que me fazem ficar triste de largar uma cidade tao cinzenta, que eu sempre repudiei, como essa.
Ó cidade maravilhosa, te quero tanto, mas te quero com amigos que fiz aqui, te quero, mas com sentimentos que me foram despertado aqui, quero poder sentir emoções que estou sentindo aqui, ó cidade maravilhosa, não sinta ciumes, logo estarei ai, mas por favor, me proporcione amigos, amantes e momentos como esses, ou terei de ser obrigada a me fechar mais uma vez, e eu não quero mais isso.

24 junho 2012

Lei natural dos encontros.

Ela se declara a partir de hoje, perdidamente apaixonada por dois rapazes. É difícil assumir isso, mas ter apenas um deles não a deixaria contente, só aceita se forem os dois. Um completa a falta que tem no outro.
Quer atenção e cuidados de um rapaz, como os olhares e sorrisos do outro. Enquanto um deles grita pela vizinhança o quanto é boa a sua companhia para ela o outro a conforta com seu silêncio.
Dormem na calada da noite, um cheirando a rum, o outro a ervas medicinais de outro continente, e ela com um sorriso estampado no rosto, tendo seus pés esquentados na cama grande onde cabemos os trés, sem faltar ou sobrar cantos e cobertores.
Durante o dia é uma bagunça, todo mundo quer falar, contar seus pesares e experiências da noite anterior na festa badernada em que nem um nem outro se olhou, por receio de levantar suspeitas, eles não querem o romance corrompido por olhares e julgamentos maldosos. Entre uma mordida no pão com manteiga e nas goladas rápidas de chá ela se declara toda manha antes de sair para seus compromissos, os dois amigos se olham sorriem, se avermelham e antes que ela saia sem mais nada dizer, eles declamam o mesmo poema, a deixando sem graça.
Cada um sai para o seu compromisso, mas durante todo o dia os trés se comunicam através de pensamentos, e no fim do dia, se encontram na mesma praia, como eternos amigos, discutem sob o por do sol e vão embora para mais uma deliciosa noite de sonhos.
O lar é sempre silencioso e aconchegante, mas quando um decide brigar, vira o caos, chutam, quebram, xingam, as vezes até mesmo se batem, semanas sem se verem ou trocarem olhares, mas a verdade é que no fundo, todo mundo sabe que no fim das contas vai ficar tudo bem.
Ela os ama, como irmãos, amigos, amantes, companheiros e eles não sabem exatamente o que sentem por ela, só há uma chama quente em seus corações, toda vez que a vêem sorrindo.

21 junho 2012

Um conflito e um nó

Estou doida da cabeça, minha voz não sai e eu não consigo mais dançar. Pode ser apenas gripe, mas posso também estar endoidecendo.
Uns reclamam que estou magra demais, ficando pequenininha,  a verdade é que não sinto fome e tenho preguiça de mastigar.
Sinto um enorme prazer pela vida, sair para ver os amigos ainda me é um lazer lindo e ver que sou recebida com os braços abertos por eles, me faz bem.
Eu realmente não sei qual é o meu problema.
Será os momentos sozinha que tem me deixado assim, tao amarga? eu não sinto solidão, o problema é esse quarto, ele já cheira a doença, rancor e frio, estou o tempo todo trancada aqui, tem dias que nem a janela é aberta, eu gosto assim.

Preciso de ar, de me alimentar e de carinho fraternal. Mas sozinha aqui eu me sinto tao bem, quanto menos alimento mais leve eu me sinto, leve para poder voar até a lanchonete de açaí da esquina, tudo lá parece alegre e aconchegante como nos dias quentes do verão de novembro.

19 junho 2012

Quero mais uma vez me embriagar com seus beijos

Muitas vezes o que mais vale a pena, é a incerteza de que poderia dar certo.
No estado em que estou, ou melhor, em que estamos, só podemos lamentar os dias que se passam e tentar viver algo corriqueiro e sem intensidade.
A vontade que tenho é de correr ao telefone, ligar para ele e dizer o quanto desejo seus beijos mais uma vez, suas mãos enrolando meu corpo e seu silencio me atormentando. Mas a verdade é que eu não quero tornar intenso, o que não pode se tornar futuro, por isso espero por uma ligação, por um próximo passo que só ele pode tomar, assim como fez com todas as garrafas de rum, daquela noite fria e encantadora de nós dois.

17 junho 2012

O dia em que Ela foi a isca

Era noite e Ele já não pensava em nada. Ela, sempre uma grande incógnita para todos, tinha pensamentos brutos na cabeça, acabara de jogar todas as malditas chances na privada de um boteco sujo de esquina, enquanto ele, supostamente, cantava uma garota.
No momento menos propício, numa noite de inverno e quando ela menos esperava, tudo caiu, desabou da melhor forma possível, como um bêbado cai na sarjeta depois de alguns litros de rum, se sentam no chão de uma calçada, após fugir de seus amigos das estrelas, se beijam e juntos trocam o amargo da vida, se acariciam endoidecidamente.
- Pelo menos me diga que não se esquecerá disso tudo amanha
- Impossível esquecer
Depois de longas caminhadas e diversas paradas para beijos e tragadas de cigarro, Ela, em tentativas frustradas, tenta se despedir Dele de uma forma carinhosa, mas no final das contas, o deixa ali, jogado na sarjeta, como todo rapaz que é realmente do rock'n'roll fica num final de noite doida

12 junho 2012

Arrependida por nao ter me arrependido

Aquele momento, em que voce acha que cachaça é agua, mas horas depois percebe que na verdade a cachaça te ajuda a fazer coisas que voce nao poderia e a agua te acompanha na ressaca.
Um fim de semana, que faltou bebida, e as desculpas foram esquecidas.

11 junho 2012

Momentos nunca esquecidos

Acampamento
Amizades
Vinho
Solidariedade
Por mais finais de semana como esse.