08 setembro 2010

Malditos Carnavais.

num entra e sai de pessoas, ela sabia que no outro dia seria sofrimento;
vovó estava 'enfim' sozinha, depois de 50 anos com um mesmo amor, um mesmo sexo e um mesmo homem; ficaria para si ou para lembranças, sendo o segundo mais provável;
ele a amava como nunca amou ninguém,
vovô a deixou, e ela ficou com a missão de cuidar dos filhos, para que continuem unidos, sem brigas, como ele os ensinou;
imaginei que seria diferente, mas a tarde de domingo, na chacara não será a mesma sem vovô, sempre com planos para o proximo domingo e sempre questionando cada neto, sobre os estudos; aah, como eram bons esses domingos;
e lembrar que sempre depois de um almoço em família, tínhamos todos que falar baixinho, para que nosso rei dormisse, dá aquela vontade de nunca mais pronunciar uma palavra depois das refeições.
Quando um povo perde um rei, coloca-se outro no lugar, mas esse rei, o rei dos filhos que tinham tudo que queriam e dos netos que tinham sempre um sorriso , nunca será substituído, porque só ele sorria de forma tímida e delicada, só ele sabia contar as melhores historias da época jovem.; só ele é o CARA!
TE AMO VÔ!