17 fevereiro 2011

fazem cinco dias que nao tomo banho, será que é por isso que ultimamente as pessoas andam me isolando?

06 fevereiro 2011

noites badaladas.

Júlio e eu combinamos de nos encontrar na praça e mais uma vez ele se atrasou. um cigarro, dois, três, e nada do rapaz aparecer, liguei para ele e disse que já estava saindo de casa. como 'já' se fazem  três cigarros que eu estou a espera. mais um e a paciência se esgota, vou para um boteco sujo que tem ali perto, melhor do que esperar em pé. estou precisando parar com o cigarro, desde Julho do ano passado que gasto grande parte do que ganho nele, é um amigo, mas daqueles que acabam com você. Júlio chegou, pedindo milhares de desculpas, como ele sempre faz quando combinamos de sair e ele se atrasa uns quatro ou cinco cigarros, eu nunca aprendo, que chegar cedo, num encontro com ele, é banal. Fomos a SP, tínhamos combinado de ver um filme, mas como já era tarde, decidimos ir pra algum pub até dar meia noite, e nos encontrarmos com os amigos dele.
é sempre amável comigo, diz palavras bonitas, diz ter um grande sentimento por mim, e eu sempre tonta sem saber o que dizer, apenas agradecendo. aquelas barbas ainda vão me fazer mal um dia, eu sempre penso isso, depois de toda amabilidade. uma cerveja, duas, três, e os dois sempre trocam gostos de cigarro, até o horário do encontro com os amigos. Júlio me dá um livro e diz que quer que eu leia, ele sempre faz isso, e os livros são sempre ruins, sobre extra terrestre ou alienígenas do passado, nunca entendo nada. ele é o maior conhecedor da área. seus amigos chegam e ele me apresenta como uma velha amiga, eu não conhecia nenhum e imaginei que ia ficar pra trás. António é o mais dócil e diz que gostou muito do meu cabelo, o comprimento, o enrolar, dão um toque a mais ao meu charme, e depois acrescenta 'com as bochechas vermelhas você fica ainda mais linda'.Nicolas é o mais fanfarrão, tira sarro de Júlio, dizendo que ele havia encontrado uma boa moça, pra passar a noite com eles e que eu não pagaria um tostão naquela noite. Leandro o menos dócil só olhou pra mim com indiferença e a noite toda flertava com alguma puta, do bordel.
passamos os cinco uma noite agradável, todo tipo de assunto rolou, desde existência de Deus até sexo. Leandro adorava fazer piadinhas de duplo sentido comigo e até me convidou a ir para o motel, Júlio cortou completamente toda a hostilidade e disse para não me preocupar com isso, que ele era assim mesmo, eu não liguei. na verdade António conseguia ser tão dócil que cancelava toda a chatice de Leandro. Nicolas me chamou para dançar, dizendo que era péssima, e aceitaria apenas se ele não se importasse com alguns pisões, aceitei. dançamos e foi maravilhoso, ele tinha uma forma especial de dançar, ao qual nenhum homem tem. Júlio chamou outra garota pra roda, Beatriz, uma moça antiquada, mas acredito que a melhor para a ocasião.
saímos todos do bordel e voltamos para o pub. Beatriz me deu a mão e disse que queria saber quem eu era e quais eram as minhas intensões para aquela noite. na verdade, nem eu sabia quais eram elas. nós seis ficamos no pub até mais ou menos as cinco horas da manha, bebendo, fumando, e Leandro ofereceu pó, mas só Beatriz aceitou. António se ofereceu para me dar carona até em casa, mas achei melhor ir com Júlio, ele não aceitaria terminar a noite sozinho, sempre diz que eu sou liberal demais, mas que ele não aceita isso.
agradeci pela noite a todos, e António me prometeu ligar na próxima quarta, para um jantar, antes de um próximo encontro.
a noite foi agradável. Júlio e eu terminamos como sempre, um na cama e outro no sofá, não sei ate quando e como isso vai terminar.