31 julho 2012

Parodiando Belchior


Eu sou apenas uma garota, sem dinheiro no banco, sem parentes importantes, e vinda de são paulo..
Tenho lido muitos livros, conversado com pessoas ,caminhado meu caminho
Papo, som, dentro da noite na praia, não tenho um amigo sequer ainda, mas a vida só está começando

20 julho 2012

Por Eduardo Galeano

Um sistema de desvínculos: para que os calados não se façam perguntões, para que os opinadores não se tornem em opinadores. Para que não se juntem os solitários, nem a alma junte seus pedaços.
O sistema divorcia a emoção do pensamento como divorcia o sexo do amor, a vida intima da vida publica, o passado do presente. Se o passado não tem nada para dizer ao presente, a historia pode permanecer adormecida, sem incomodar, no guarda-roupa onde o sistema guarda seus velhos disfarces.
O sistema esvazia nossa memória, ou enche a nossa memoria de LIXO, e assim nos ensina a repetir história em vez de faze-la. As tragédias se repetem como farsas, anunciava a célebre profecia. Mas entre nós, é pior: as tragédias se repetem como tragédias.
Na América Latina, a liberdade de expressão consiste no direito ao resmungo em algum rádio ou em jornais de escassas circulação. Os livros não precisam ser proibidos pela polícia: Os preços já os proíbem.

08 julho 2012

Sangue novo

Eu não sei exatamente o que ando sentindo ultimamente, é um misto de amor próprio com a vontade de me apaixonar por pessoas ao meu redor sem peso do medo de me entregar de verdade. É uma paz no coração, sem desespero de companhia e ao mesmo tempo feliz por ter pessoas queridas ao meu lado.
Sinto uma grande evolução, meus sentimentos, assim como eu, cresceram bastante nesse período de 6 meses, meses esses que serão lembrados para sempre, aprendi um punhado, tanto com livros e filmes vistos, como com pessoas e experiências vividas.
É, devo muito a várias pessoas que conviveram comigo esse período,  algumas deram beliscões enormes no meu coração, deixando marcas que nunca serão apagadas, seja o tratamento que for que eu faça, já era, estão marcadas.

Esse período de ócio me ajudou a passar por mais uma fase da minha vida, antes era apenas uma garotinha sem futuro, em duvidas quanto seus sentimentos e insegura, agora me sinto uma mulher decidida, cheia de planos e segura do que é, e melhor ainda, cheia de amor e paz para compartilhar com aqueles ao seu redor.
Me sinto nova e renovada para começar mais uma etapa da minha vida, estou decidida a ultrapassar problemas que estão a vir sem medo de sofrer. Estou pronta para viver a minha vida.

Pela primeira vez na vida

os dois encantados um pelo outro, numa noite fria e gelada. Ambos enrolados num cobertor de caricias, o ato foi acontecendo com prazer e cuidado. Paciente, o rapaz a conduzia a um prazer de dores controláveis pela vontade do momento, e deitada, a garota não sabia exatamente o que fazer, brincou, beijou, acariciou e tudo acabou num simples selo de amizade pura e cheia de amor. Foi uma noite onde não sobrou bebidas e as desculpas foram esquecidas.

01 julho 2012

A caminhante solitária

a caminhante solitária pedala sob duas rodas, acredita que ali poderá encontrar os amados queridos amantes, mas será mesmo que eles se importam com isso?? Ela se acostuma cada vez mais a pedalar sozinha por ruas cheias de gente, com o fone de ouvido e a bicicleta fazendo barulho nas rodas. Se habituou a não esperar por ninguém, mas ao mesmo tempo, olhar para todos os lados a encontrar àqueles que a fazem bem. A verdade, é que ela quer ser amada por aqueles que a fazem bem, quer ter o telefone sempre ocupado por telefonema desses, mas a realidade é que só ligam para ela, só a convidam para festas, àqueles que ela já se cansou de ver, enquanto procura uns, são outros que a encontram e a convidam pra gastar o dinheiro dela com bebida, não que ela se importe, mas já se cansou das mesmas coisas e principalmente, daquelas mesmas pessoas entediantes, que não conseguem manter um único assunto sem cair no silencio desesperador.
O que a conforta, apesar de tudo isso, é que já está acostumada a ser sozinha, a não ter seu telefone ocupado e principalmente a se convidar para boas festas. Mas o que mais a deixa tranquila é saber que a poucas semanas mudará de cenários, de pessoas e demorará um tempo considerável para se enjoar daqueles chatos que também existirão na outra cidade, e com o tempo, se acostuma mais uma vez a se ver sozinha com o fone de ouvido e a bicicleta a reclamar os defeitos das rodas.