29 dezembro 2012

Retrospectiva 2012



Me disseram, assim que 2012 começou, que seria o pior ano. Vi muitas pessoas reclamando e até àqueles com medo do fim do mundo. Amigos fazendo cirurgia espiritual, outros fugindo para lugares bem distante, encontrei amigos terminando namoros duradouros e até aqueles que se afundaram nas drogas por causa de tantos amores perdidos. E eu, não podendo reclamar uma palhinha, um minuto do tal ano maldito.
Passei na faculdade, fui desejada por rapazes “numero 1”, me mudei da casa dos meus pais, conheci pessoas maravilhosas e reatei relações com àqueles que tanto fizeram falta nesses anos anteriores. Reencontrei pessoas perdidas no mundo espiritual, e as deixadas no passado, meus assuntos e ideais passaram a fazer sentido e as pessoas numa roda de conversa até começaram a prestar atenção sem me deixar falando sozinha ou fingirem entender. Tudo começou a fazer realmente sentido.
Tudo começou a fazer realmente sentido, alguns conceitos conservadores deixados de lado e outros mais libertários reforçados, minha liberdade pessoal conquistada e àquela social começando a transparecer e não mais machucando meu ego. Consigo lidar com relacionamentos amorosos sem me prender a sentimentos e egoísmos, e o melhor, a cada dia me sinto mais livre, de sentimentos grudentos e que sempre me causavam mal estar.
Viajei mais, conheci lugares, pessoas, tive experiências e sentimentos diferentes que gostei e ainda quero voltar a experimentar. Fui embora de onde não queria e voltei a lugares banais e nojentos, mas que ao mesmo tempo, me fizeram bem de alguma forma. Peguei a estrada de bicicleta, pedalando durante 10 horas. Caminhei 3 horas de noite, bêbada de vinho, para chegar a um lugar nojento, mas onde conheci pessoas encantadoras e experimentei sensações bizarramente lindas. Viajei 3 dias num ônibus, com pessoas diversas, pensamentos, ideias, conversas, tudo muito diferente do que já conheci até hoje. Precisei pedir comida e recebendo um não, comi restos, temperados pela fome, de pessoas que mal tocaram na comida. Andei de barco, vi pássaros vermelhos voando sobre mangues e peixes em rios transparentes. Rodei e não fui fichada, nem perdi o dinheiro da viagem inteira – descobri que existem policiais honestos, ou pelo menos naquele momento não fizeram da corrupção um meio para ganhar dinheiro.
Me esbarrei com rapazes encantadores, entre violões, bicicletas, seriados, barracas, bebidas, olhares, chuvas, cabelos, roupas (ou a falta delas), malas, sangues, sorrisos, sofrimentos , aprendi que o amor é passageiro e que pode-se apaixonar por mais amores do que imaginamos ao mesmo tempo, entre amizades e ódios, conseguindo conciliar o sentimento de desejo e repulsa, e o melhor, que podemos aprender com qualquer tipo de sentimento, seja ele doloroso ou cheio de prazer. Enfim, me encantei e desencantei tantas vezes, que o amor foi múltiplo nesse ano tão recheado de coisas boas.
Ah a vida, se a cada ano eu aprendesse e vivesse como nesse ano, ele foi conturbado também, mas positivamente, cheio de prazeres, aprendizados e conhecimentos encantadores, melhor do que o meu melhor ano – 2006 – esse ano foi para mim, o melhor de toda a minha vida.

14 dezembro 2012

Dialogo ( )

Macaco Branco: começa a trabalhar esquece-se como se joga bolinha de gude
Marie: mais um motivo pra eu nao entrar nessa onda
Macaco Branco: é..deve tirar o maior sarro com a galera, por saber jogar ainda
Marie: que nada, senta aqui que eu vou te reensinar..

02 dezembro 2012

viver e se importar

As pessoas deveriam se divertir mais, e levar a vida menos a sério
beber cerveja, só pra fazer xixi o tempo todo; fumar maconha e sentar na orla, pra assistir a idas e vindas de barcos que não existem; comprar um picolé ou um pirulito, só pra insinuar sexo oral.

As pessoas deveriam se importar menos com o que os outros pensam delas, e ter a liberdade de ir de roxo e laranja pra faculdade
andar de bicicleta de vestido, só pra receber cantada e buzinada dos machistas nojentos que existem por ai; pedir suco, enquanto todo mundo degusta cachaça e não se sentir careta por isso; falar bolacha, num meio carioca, só pra ser questionado e sacaneado sem medo de levar a real bolacha, que eles conhecem por aqui.

As pessoas deveriam viver mais, e se importar menos.